segunda-feira, 30 de julho de 2012

Olhos Verdes Cristalinos - parte 23/80


19 - Frenesi

Por mais que não quisesse aquilo e desejasse sexualmente aquela mulher, a sensação era totalmente diferente naquele momento. Era uma fome avassaladora que eu sentia um enorme vazio dentro de mim e era como se aquela mulher representasse o único alimento que existisse num raio de quilômetros de distância.
Todos estes pensamentos se passavam em minha cabeça numa fração de segundos e de repente, tudo escureceu e voei sobre os seios da bela mulher que gemia no colo de meu mestre. Primeiro lambi todo o sangue que escorria, tentando me controlar inutilmente. Como o sangue não vertia na velocidade de meu desejo, cravei meus afiados caninos em seu farto seio, muito próximo ao mamilo esquerdo, provocando uma grande ferida, fonte de prazer para ambos.
Meu mestre já havia acabado de se alimentar e vendo meu desespero e desconforto inconscientes naquela posição, meio que ajoelhado sobre os dois aos pés da poltrona, atirou-a sobre mim e permaneceu estático nos observando. Como um voyeur, ele permaneceu sentado inerte em sua poltrona (ou seria um trono?) saboreando o gosto férreo deste alimento divino, enquanto nós nos contorcíamos no chão, eu sugando e ela gemendo de prazer.
Suguei-a com uma velocidade superior a minha compreensão. Cada gole de sangue que entrava por minha boca parecia que só aumentava minha sede e juntamente com o sangue, surgiam imagens, como se repentinamente tivesse adormecido e sonhado.
Um sonho bom.
Ajeitei-a deitada no chão e neste momento ela ainda estava consciente e movia os braços por entre gemidos altos de prazer, chegando num determinado momento a comprimir-me em direção a seu peito.
Poucos segundos se passaram e pude perceber um gosto diferente em seu sangue, ao passo que as imagens que se formavam também se tornaram escuras e tensas, possivelmente pela injeção de alguma quantidade excessiva de hormônio, talvez adrenalina. Ela entrava em desespero e queria me afastar, mas isto só fez com que eu a sugasse com maior violência.
Percebendo o desespero de sua ovelha e talvez num instinto de preservação de seu próprio rebanho, meu mestre me afastou de minha presa de uma forma nada delicada.
Estava eu maravilhado com minha nova vida e cheguei a sentir alguma culpa por sugar aquele sangue da jovem quase desfalecida em meus braços, mas o prazer era extremamente superior a tudo e eu queria sugá-la até poder ver sua vida, sua beleza, sua saúde, seus sonhos e sua juventude todos correndo em minhas veias, mas o que pude sentir foi um enorme e violento impacto em minha cabeça, atirando-me longe.

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