16 - A Ovelha
Assim que ele terminou
de falar me olhou no fundo dos olhos e me soltou, voltando a se sentar no conforto
de sua poltrona, quando a porta da biblioteca se abriu deixando entrar uma mulher
maravilhosamente linda. Loira de traços bem finos, lábios macios com leves
traços de batom e sobrancelha fina e bem feita. Embrulhada em um fino vestido
azul piscina que valorizava suas formas perfeitas, curto e com um generoso
decote que deixava parte de seus seios bem torneados a mostra. Quando ela
passou por mim pude reparar em suas lindas pernas e seu sapato alto que a deixava
ainda mais sensual. Parecia que aquela mulher não existia de verdade. Era uma
verdadeira deusa.
Quando ele pediu que
eu me aproximasse, ela já estava sentada de lado em seu colo com ambos olhando
para mim. Eu me aproximava daquela mulher, excitado, mas percebia que meu membro
não correspondia ao desejo que passava por minha mente.
- Venha se alimentar
meu filho ela está a sua disposição e eu estou aqui para tomar conta de ambos.
Quando eu sorridente
me ajoelhei perante o casal que me olhava na intenção lasciva de beijar aquela
bela mulher nos lábios, percebi que ele deitou a cabeça da moça de lado, penteando
lhe os cabelos com as mãos e deixando seu pescoço a mostra. Até aquele momento não
pude perceber o quanto um pescoço poderia me seduzir. Sem mais esperar ele a
mordeu sugou deixando escorrer pelos seus seios aquele líquido vivo, vermelho e
quente. Foi incontrolável minha reação como a de um animal ao abater sua presa
após dias e dias sem se alimentar. Senti uma pressão em meu cérebro e uma dor
terrível em minha boca, como se algo rasgasse minhas gengivas pela frente dos
meus outros dentes. Acabara de me dar conta de que era realmente um vampiro.
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