Dentre
os seres humanos, o sexo é o exercício que mais provoca prazer, mas ao mesmo
tempo, nos últimos anos ele também envolveu risco, com a AIDS atrapalhando
aqueles que buscavam formas diferentes e promíscuas de praticá-lo.
O
retro-vírus é transmitido pelos fluídos sexuais e pelo sangue e hoje em dia
milhões estão infectados e morrendo.
Como
evoluímos, temos maneiras de resistir a doenças que afetam o sangue, mas mesmo
assim ao custo de muito sofrimento, porém, e o que é mais interessante, os
vampiros tem duas formas de praticar sexo. A primeira é a forma convencional,
utilizada pelos humanos há séculos e que nós vampiros usamos para lembrar
quando éramos humanos ou queremos seduzir fêmeas ou machos dependendo do caso
ou da preferência, sem revelar nossa real natureza. A outra forma, mais
evoluída e prazerosa que a anterior, não diz respeito aos órgãos sexuais necessariamente
e não envolve troca de fluidos sexuais, trata-se da troca direta de sangue ou como
chamamos de sexo vampírico.
Para
nós, sacia não somente a fome, ou melhor, a sede de sugar nossas vítimas. Para
elas que em sua grande maioria não resistem à mordida e também para os poucos
que possuem força de vontade suficiente para tentar combater a investida, após
os primeiros segundos, acabam se rendendo ao prazer incomparável de ter o
sangue e suas vidas se esvaindo por suas artérias ou veias. Prazer semelhante é
compartilhado pelos suicidas que decidem cortar os pulsos e ver e sentir seu
fluido vital escorrer, tingindo as pálidas louças sanitárias e dominando o piso
gélido como uma maré vermelha que invade os lotes quadrados de um vilarejo a
beira-mar.
O
sexo vampírico vai além, é mais complexo que o humano, que não deixa de ser
complexo em algumas de suas modalidades de prazer mais violentas, mas o nosso
sexo cria necessariamente um vinculo, quase uma interdependência entre os envolvidos
devido a mistura do sangue de ambos. Vinculo esse que pode ser explorado
inescrupulosamente por uma das partes para controlar os atos e vontades da
outra parte envolvida. Muitos chamam esta dependência de vinculo de sangue.
Dessa forma o vampiro ou até mesmo o humano que venha a beber do sangue de um
vampiro, acaba servindo seu mestre para sempre, em nome desse suposto “amor”.
Os
amaldiçoados que praticam o sexo vampírico, com todos os riscos que ele
envolve, muitas vezes não buscam a beleza física ou o sexo oposto em seu par,
mas sim a experiência e a antiguidade armazenada no sangue do outro. É obvio
que um pouco de beleza acaba incentivando o processo, mas o poder faz com que
outros superem as suas necessidades e os seus tabus em troca de momentos de
prazer e satisfação associados ao risco para poder desenvolver dons antes inimagináveis.
A
prática desta modalidade única de sexo, assim como no sexo humano, varia em posições,
tempo, violência, etc. Mas o papai-mamãe é pelos pulsos de ambos, pois desta
forma o controle de um em relação ao outro é praticamente igual.
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